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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Ruben Paz


Ruben PazRuben Paz
Ruben Walter Paz Márquez


Carreira:Peñarol de Artigas: 1975-1976
Peñarol: 1977-1981
Internacional: 1982-1986
Racing de Paris: 1986-1987
Racing: 1987-1989
Genoa: 1989-1990
Racing: 1990-1992
Rampla Juniors: 1993-1994
Frontera Rivera Chico: 1994-1995
Godoy Cruz: 1996
Wanderers de Artigas: 1996
Frontera Rivera Chico: 1997-2000
Nacional de San José: 2002
Tito Borjas: 2003-2005
Pirata Juniors: 2006

Títulos:
Campeonato Artiguense: 1975
Campeonato Uruguaio: 1978, 1979, 1981 e 1982.
Mundialito: 1981.
Campeonato Gaúcho: 1982, 1983 e 1984.
Supercopa Sul-Americana: 1988.
Supercopa Interamericana: 1988.
Campeonato Riverense: 1994.
Liguilla de Ascenso: 1998.
Liga Mayor de San José: 2003 e 2004


Um legítimo camisa 10 (matéria reproduzida da Revista do Inter nº 41)
Jogador de técnica refinada, o uruguaio Ruben Paz foi ídolo da torcida colorada nos anos 80
Por Juliano Soares
Meia cerebral é aquele que pensa o jogo, distribui as jogadas, arma as ações ofensivas de um time e, normalmente, é o jogador diferenciado. Durante os anos que defendeu o Internacional, Ruben Paz foi este jogador. Portador de uma técnica apurada, o camisa 10 foi ídolo da torcida, jogou duas Copas do Mundo e se só parou de atuar aos 47 anos de idade. Ruben Paz foi contratado pelo então presidente Frederico Arnaldo Ballvé, em fevereiro de 1982. Logo em sua estreia, já mostrou qualidade na goleada de 5 a 0 do Inter sobre Goiás, pelo Campeonato Brasileiro daquele ano. Paz foi considerado um dos melhores meias do mundo na década de 80. Jogando pelo Internacional teve atuações dignas de um craque. Na final do Campeonato Gaúcho de 1982 ele foi o principal jogador em campo na vitória do Inter sobre o Grêmio por 2 a 0. Sua atuação nessa partida é lembrada até hoje pelos torcedores colorados. O rival tinha um time composto por bons jogadores e vinha animado pela conquista de título recente, mas o Internacional se impôs não dando chances ao adversário.
Em 1982, Ruben participou de uma excursão do Inter pela Europa, onde disputou o Torneio Joan Gamper, em Barcelona, na Espanha. No velho continente, o uruguaio mostrou toda a sua raça e qualidade técnica. Treinado por Ernesto Guedes, o Inter chegou ao torneio como franco atirador. O Barcelona preparava uma grande festa para a estreia das suas maiores contratações o argentino Diego Maradona e o alemão Schuster. O Barça ainda contava com Quini, estrela do futebol espanhol na época. O jogo foi truncado com o Barcelona, que tomava a iniciativa do jogo e criava as principais chances. O Inter arriscava nos contra-ataques. No tempo normal, nenhum dos times balançou as redes e a disputa por uma vaga na final do torneio acabou indo para os pênaltis. O Inter de Benitez, Mauro Pastor e Ruben Paz levou a melhor, vencendo a disputa por 4 a 1 e se classificando para final contra o Manchester City. Na final, deu Inter: 3 a 1; gols de Edvaldo, Paulo César e Fernando. O City descontou com Mc’Donalds. Inter, Campeão do Torneio Joan Gamper! A imprensa espanhola da época deu grande destaque para conquista colorada e para o bom futebol de Ruben Paz.
No seu segundo ano de Inter, Paz foi eleito pelos técnicos gaúchos o melhor jogador em atividade no Estado. O jogador sempre se sentiu em casa no Brasil e essa proximidade vem de berço: ele nasceu em Artigas, cidade na fronteira com o país. Em sua passagem por Porto Alegre, Ruben Paz teve duas filhas e fez amizades que duram até hoje principalmente com técnico Otacílio Gonçalves. Ainda no Colorado foi campeão gaúcho de 1983 e 1984 fechando assim uma série vitoriosa do Internacional no Estado. Além dos títulos regionais, o jogador também conquistou diversos torneios internacionais.
A perseverança foi a tônica da carreira de Rúben. Ele e a bola eram companheiros inseparáveis, tanto que a decisão de parar de jogar só veio aos 47 anos de idade. Profissionalmente, abandonou a carreira com 41 anos, jogando o campeonato uruguaio pelo Frontera Rivera Chico. Mas não conseguiu ficar longe dos gramados e ainda seguiu jogando por times amadores do Uruguai até 2006, só se aposentando por causa do pedido de um amigo de infância, o também ex-jogador Mario Saralegui, que, na época, assumiu o comando do Peñarol e chamou Paz para ser assistente. Hoje, como auxiliar técnico de Saralegui, ele espera por propostas de trabalho junto de sua família em Montevidéu.

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