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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Clemer


ClemerClemer
Clemer Melo da Silva


Nascimento: 20/10/1968
Naturalidade: São Luís (MA)
Clubes:
1987: Moto Clube-MA
1988: Guaratingueta-SP
1989: Santo André-SP
1989: Catuense-SP
1990-1992: Maranhão-MA
1993: Moto Clube-MA
1993: Ferroviário-CE
1994-1995: Remo-PA
1995-1996: Goiás-GO
1996-1997: Portuguesa-SP
1997-2002: Flamengo-RJ
Desde 2002: Internacional

Títulos pelo Inter:
Campeonato Gaúcho- 2002, 2003, 2004, 2005 e 2008.
Copa Libertadores da América- 2006 e 2010.
Copa do Mundo de Clubes FIFA- 2006.
Recopa Sul-Americana- 2007
Dubai Cup - 2008
Copa Sul-Americana - 2008
Copa Suruga Bank: 2009

Trajetória no Inter:
354 jogos / 1 gol
Clemer: um goleiro inesquecível (matéria reproduzida da Revista do Inter nº 55)
Multicampeão e agora preparador de goleiros, este maranhense tem lugar garantido nos corações colorados
Por Felipe Silveira
Ele fez história com a camisa número 1 do Internacional por oito temporadas, sendo o goleiro mais vitorioso da história colorada. Mesmo depois de ‘pendurar as luvas’, já como preparador de goleiros, função desempenhada desde o começo de 2010, Clemer teve o privilégio de erguer novamente a taça da Libertadores da América. É um campeão nato. Agora soma títulos como treinador da equipe juvenil do Clube.
Colorado no Maranhão
Foi na sua cidade natal, em São Luiz, no Maranhão, que o ídolo do Inter ensaiou as suas primeiras defesas. Aos 14 anos, Clemer era o garoto mais alto da turma de amigos que disputava um torneio de futebol do bairro. Coube a ele a missão de defender o time, que por estas coincidências da vida, era o Inter. “A molecada se fardava com os uniformes dos times. Tinha Flamengo, Grêmio, Vasco e Inter. Quis o destino que eu vestisse desde então as cores do Inter”, recorda o ex-goleiro. O que era brincadeira acabou se tornando o começo de uma trajetória invejável.

Clemer coleciona títulos no Internacional
Após iniciar a carreira no Maranhão Atlético Clube, Clemer foi contratado pelo Moto Clube, tradicional equipe da capital maranhense pela qual profissionalizou-se aos 19 anos. Após passagens por outros times, foi contratado pelo Remo, onde foi bicampeão paraense. Na metade da década de 90, transferiu-se para o Goiás e foi campeão estadual. Em 1996, Clemer se destacou para o Brasil na campanha do vice-campeonato nacional, vencido pela Portuguesa. No ano seguinte, assinou com o Flamengo, e nos cinco anos em que defendeu o time da Gávea, conquistou os títulos da Copa Mercosul (1999), Campeonato Carioca (1999, 2000 e 2001), Taça Rio (2000) e Copa dos Campeões (2001).
Anos de ouro no Beira-Rio
A vida dá muitas voltas, e 20 anos depois de vestir a camisa do Inter na pelada no Maranhão, Clemer chegou ao Beira-Rio para defender o time profissional. “Foi um namoro muito rápido entre eu e o Inter e entre minha família e Porto Alegre. Vim com muita vontade de conquistar  títulos aqui no Sul”, recorda. Sua primeira temporada, em 2002, foi difícil. O Inter foi campeão gaúcho, mas enfrentou dificuldades no Brasileirão, no qual acabou lutando até o final para escapar do descenso à Série B. Entretanto, os anos seguintes foram para lá de compensadores. Depois de ser tetracampeão estadual (2003, 2004 e 2005), o goleiro viveu uma época gloriosa, escrevendo para sempre o seu nome na galeria dos maiores jogadores do clube colorado.
Clemer foi um dos principais personagens das antológicas conquistas da Libertadores e do Mundial FIFA, em 2006. Quem não se lembra das suas defesas monumentais ao longo da campanha pela América ou na inesquecível decisão contra o Barcelona, em Yokohama, no Japão. Ele foi um verdadeiro gigante e fechou o gol, sem dar chance para as investidas de Ronaldinho Gaúcho e Deco na grande final do Mundial. A saga de títulos seguiu em 2007 com a conquista da Recopa. Clemer foi o goleiro da Tríplice Coroa, estando à frente do gol nos três importantes títulos em série.
Até gol ele marcou
Não teve um ano sequer que o multicampeão não ergueu uma taça. Começou a temporada de 2008 fazendo parte do grupo campeão da Dubai Cup, nos Emirados Árabes. No mesmo ano, também participou da campanha do título gaúcho e foi protagonista de um lance curioso na final contra o Juventude. O Inter goleava por 7 a 1 quando um pênalti foi marcado, aos 45min do segundo tempo, para o time colorado. Em êxtase com a atuação do time, a torcida começou a gritar o nome de Clemer, pedindo que ele cobrasse o tiro da marca penal. E ele o fez com precisão e ampliou o massacre colorado. No final de 2008, colocou a faixa de campeão da Copa Sul-Americana no peito. Em 2009 foi campeão gaúcho pela sexta vez, igualando a marca de Ivo Winck, goleiro que integrou o lendário Rolo Compressor da década de 40, e também fez parte do grupo que retornou ao Japão para vencer a Copa Suruga Bank. “Me sinto completo com tudo que conquistei pelo Inter. É um currículo que todo jogador sonha ter”, orgulha-se Clemer.
Agora do outro lado
Aos 41 anos, Clemer decidiu encerrar a carreira após vestir a camisa do Inter em 354 partidas, recorde ainda longe de ser batido até mesmo por jogadores que já estão há muito tempo defendendo o Campeão do Tudo - como Índio (272 jogos) e Bolívar (251). Mas nem por isso deixou de viver a intensa rotina de um goleiro. Foi o preparador do time bicampeão da América, sendo o responsável por orientar o experiente Pato Abbondanzieri, Lauro e depois Renan, que chegou nas semifinais da competição. “Foi uma responsabilidade muito grande, mas eu estava bem preparado”, afirma. No seu último ano como jogador, Clemer já se imaginava trabalhando na comissão técnica. “Sempre observava com atenção os treinamentos. Sabia que não teria problemas os trabalhos de campo. Só mudaria de lado”, garante.

Clemer conversando com Pato Abbondanzieri (D) no Beira-Rio
Mas nem tudo é tão simples. Ver o jogo de fora das quatro linhas é uma tarefa dura para quem viveu uma intensa carreira durante mais de 20 anos. “A gente vive toda a emoção porque sabe exatamente como é lá dentro. Aqui fora é muito mais difícil. A gente fica de mão atada e sofre muito”, confessa. Mas Clemer não para de pensar no futuro. O próximo passo é ser treinador. “Vou querer ser técnico um dia, mas ainda tenho que aprender muito”, pondera.
Clemer, posteriormente, largou a vida de preparador de goleiros e agora busca espaço como treinador. Iniciou como técnico do time juvenil do Internacional no ano de 2011.
Cidadão de Porto Alegre
A identificação com Porto Alegre é tão grande quanto sua paixão pelo Inter. Clemer cruzou o país para encontrar na capital gaúcha o porto seguro para viver os mais vitoriosos anos da sua carreira profissional. No final de setembro deste ano, recebeu uma justa homenagem: o título de Cidadão Honorário de Porto Alegre. “Este é um título que não tem preço. Não é para qualquer um. Vai ficar exposto com destaque na minha sala”, diz Clemer.

Mário Manfro (E), Clemer, Nelcir Tessaro e Valdomiro na beira do gramado do Beira-Rio (2010)

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