![]() | Célio Silva Vagno Célio do Nascimento Silva |
Carreira:
1987 e 2003: Américano-RJ
1988-1990: Vasco da Gama-RJ
1991-1993: Internacional
1993-1994: Caen - França
1994-1998: Corinthians-SP
1998: Goiás-GO
1999: Flamengo-RJ
2000: Atlético Mineiro-MG
2001-2003: Universidad Católica - Chile
Títulos:
Copa João Havelange (módulo azul): 1987
Campeonato Carioca: 1988, 1999
Campeonato Brasileiro: 1989, 1995
Campeonato Gaúcho: 1991, 1992
Copa Brasil: 1992, 1995
Campeonato Paulista: 1995, 1997
Copa América: 1997
Copa Mercosul: 1999
Campeonato Mineiro: 2000
Campeonato do Chile: 2002
Troféu Ramon de Carranza: 1988, 1989, 1996
Célio Silva, o canhão do Beira-Rio (matéria reproduzida da Revista do Inter nº 29)
Líder, carismático e dono de um chute de 136 km/h
Por Luiz Felipe Mello
O torcedor colorado jamais vai esquecer o dia 13 de dezembro de 1992. Uma noite em que a felicidade veio ao encontro da Academia do Povo. Aos 43 minutos do segundo tempo o Beira-Rio transbordava de alegria, quando Vagno Célio do Nascimento Silva converteu um dos pênaltis mais importantes da história do Sport Club Internacional. Tal como Don Elias em 1975, com a camisa número 3 às costas, Célio Silva marcou época e concedeu ao Clube o quarto título nacional, o primeiro na Copa do Brasil.

O zagueiro vigoroso também possuía uma personalidade marcante. Quando ainda estava no Beira-Rio resolvia problemas do grupo e individuais. Se houvesse a necessidade de falar com a diretoria, Célio Silva era o cara mais indicado. Pinga, ex-companheiro de zaga, foi testemunha disso. “A liderança do Célio era tamanha que, durante um Inter e Juventude, eu disse para ele que estava com dores no tendão de Aquiles e não conseguia caminhar. Ele simplesmente me disse para ficar tranqüilo, pois iria marcar por nós dois. E o fez”, relembra.
O carisma do zagueiro já mudou até horário de treinamento. Segundo Pinga, o companheiro de time estava irrequieto durante um treino. O filho pequeno havia sofrido um acidente doméstico e Célio Silva não tinha notícias do menino. No momento em que todos do grupo tomaram conhecimento do ocorrido, a curiosidade com o estado de saúde do garoto tomou conta do campo suplementar. O treino foi cancelado e Célio Silva pôde voltar para casa e ver seu pupilo.

Os bastidores de uma penalidade
“Naquele mesmo ano em que fomos campeões, durante um amistoso no Beira-Rio, foi marcado um pênalti para o Internacional. Célio Silva bateu e a bola foi parar no Gigantinho. Aquilo ficou na minha cabeça. No momento do lance contra o Fluminense, depois de ter sofrido a falta, a única coisa que vinha à cabeça era aquela bola viajando em direção ao Gigantinho. Por isso decidi virar de costas e esperar pela reação da torcida.” Pinga, companheiro de zaga de Célio Silva
“O cruzamento que ocasionou o pênalti foi originado de uma falta sofrida por min. Pouco antes da cobrança eu estava fora do campo e perguntei quanto faltava para o término do jogo. Era um misto de alegria e ansiedade. Depois do gol, o alívio só veio depois do apito final. Mais tarde brinquei com Célio: Quase quebraste o teu pé cara. Eu vi que tu chutaste o chão, pois levantou muito cal.” Daniel Franco, lateral-esquerdo campeão da Copa do Brasil em 1992.

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