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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Célio Silva


Célio SilvaCélio Silva
Vagno Célio do Nascimento Silva


Carreira:
1987 e 2003: Américano-RJ
1988-1990: Vasco da Gama-RJ
1991-1993: Internacional
1993-1994: Caen - França
1994-1998: Corinthians-SP
1998: Goiás-GO
1999: Flamengo-RJ
2000: Atlético Mineiro-MG
2001-2003: Universidad Católica - Chile
Títulos:
Copa João Havelange (módulo azul): 1987
Campeonato Carioca: 1988, 1999
Campeonato Brasileiro: 1989, 1995
Campeonato Gaúcho: 1991, 1992
Copa Brasil: 1992, 1995
Campeonato Paulista: 1995, 1997
Copa América: 1997
Copa Mercosul: 1999
Campeonato Mineiro: 2000
Campeonato do Chile: 2002
Troféu Ramon de Carranza: 1988, 1989, 1996
Célio Silva, o canhão do Beira-Rio (matéria reproduzida da Revista do Inter nº 29)
Líder, carismático e dono de um chute de 136 km/h
Por Luiz Felipe Mello
O torcedor colorado jamais vai esquecer o dia 13 de dezembro de 1992. Uma noite em que a felicidade veio ao encontro da Academia do Povo. Aos 43 minutos do segundo tempo o Beira-Rio transbordava de alegria, quando Vagno Célio do Nascimento Silva converteu um dos pênaltis mais importantes da história do Sport Club Internacional. Tal como Don Elias em 1975, com a camisa número 3 às costas, Célio Silva marcou época e concedeu ao Clube o quarto título nacional, o primeiro na Copa do Brasil.
Sinônimo de liderança e determinação, o zagueiro Célio Silva se destacou no Internacional de 1991 a 1993. Assombrou goleiros e suas barreiras com um chute fortíssimo de direita. “Costumávamos dizer para o Célio: A primeira falta tu colocas na barreira, pois na próxima com certeza ela vai abrir”, revela Daniel Franco, ex-companheiro de clube. Anos depois, a mesma virtude que o consagrou em 1992 teve seu ápice. Em 1996, quando atuava pelo Corinthians, Célio Silva foi escolhido o “Canhão do Brasileirão”. No ano anterior, já tinha disputado o título com Roberto Carlos, ex-lateral-esquerdo de Palmeiras e de Real Madrid. Amargou o segundo lugar. O carioca de Miracema sempre chutou forte. Na infância, era comum quebrar as traves feitas de bambu. Em entrevistas, costuma dizer que era mais um chutador de faltas do que cobrador, dessa forma, procurava aprimorar mais a direção. Em 1997, Célio Silva foi convocado para Seleção Brasileira de Zagallo e lá sagrou-se campeão da Copa América, realizada na Bolívia.
O zagueiro vigoroso também possuía uma personalidade marcante. Quando ainda estava no Beira-Rio resolvia problemas do grupo e individuais. Se houvesse a necessidade de falar com a diretoria, Célio Silva era o cara mais indicado. Pinga, ex-companheiro de zaga, foi testemunha disso. “A liderança do Célio era tamanha que, durante um Inter e Juventude, eu disse para ele que estava com dores no tendão de Aquiles e não conseguia caminhar. Ele simplesmente me disse para ficar tranqüilo, pois iria marcar por nós dois. E o fez”, relembra.
 O carisma do zagueiro já mudou até horário de treinamento. Segundo Pinga, o companheiro de time estava irrequieto durante um treino. O filho pequeno havia sofrido um acidente doméstico e Célio Silva não tinha notícias do menino. No momento em que todos do grupo tomaram conhecimento do ocorrido, a curiosidade com o estado de saúde do garoto tomou conta do campo suplementar. O treino foi cancelado e Célio Silva pôde voltar para casa e ver seu pupilo.
Depois de encerrar a carreira como jogador no América do Rio de Janeiro, Célio Silva tentou a vida como técnico. Dirigiu o Paranavaí, do Paraná e o Força Sindical, da série B1 do Campeonato Paulista. Atualmente, Célio, o Canhão, trabalha na descoberta de novos talentos. o ex-jogador é o responsável pelo centro de treinamento que leva seu nome na pequena Joanópolis, no interior paulista.
Os bastidores de uma penalidade
 “Naquele mesmo ano em que fomos campeões, durante um amistoso no Beira-Rio, foi marcado um pênalti para o Internacional. Célio Silva bateu e a bola foi parar no Gigantinho. Aquilo ficou na minha cabeça. No momento do lance contra o Fluminense, depois de ter sofrido a falta, a única coisa que vinha à cabeça era aquela bola viajando em direção ao Gigantinho. Por isso decidi virar de costas e esperar pela reação da torcida.”    Pinga, companheiro de zaga de Célio Silva
“O cruzamento que ocasionou o pênalti foi originado de uma falta sofrida por min. Pouco antes da cobrança eu estava fora do campo e perguntei quanto faltava para o término do jogo. Era um misto de alegria e ansiedade. Depois do gol, o alívio só veio depois do apito final. Mais tarde brinquei com Célio: Quase quebraste o teu pé cara. Eu vi que tu chutaste o chão, pois levantou muito cal.”  Daniel Franco, lateral-esquerdo campeão da Copa do Brasil em 1992.

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